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O que fazer para recuperar alguém sem engajamento?

Frequentemente encontramos materiais que falam sobre engajamento em sua equipe comercial e a importância de ações para fomentar isso. Uma delas é o feedback que serve como combustível para que o seu colaborador busque com clareza o que melhorar.

Fornecer um feedback profissional exige horário agendado, atenção dedicada e apontamentos consistentes em pontos positivo e de melhorias.

É uma ferramenta sensacional, ainda mais se utilizada com uma Avaliação de Desempenho elaborado de maneira justa e com base na ferramenta certa.

Trazendo o engajamento como tema deste artigo, o que fazer quando o feedback e nenhuma outra tentativa de ajuste funciona para que o colaborador se alinhe com o comportamento e as atividades necessárias?

Para entender melhor o que vamos esclarecer a partir daqui, leia com bastante atenção a frase a seguir: “Existem relações que não precisam dar certo”.

O que queremos dizer com isso?

Não tem como você querer algo pelo outro mais do que ele quer para si mesmo. Ou seja, não é possível o engajamento em algo, pelo outro. Por melhor que seja a sua intenção e visão de potencial que a pessoa pode alcançar e explorar em si mesma, uma ação de melhoria na sua percepção nem sempre é a mais adequada ou está embasada de maneira consistente o suficiente para a pessoa fazer o que você enxerga ser preciso.

Como diz Mário Cortella: “um ponto de vista é apenas a vista de um ponto”.

E quando estamos de frente para questões como disposição para aprender, buscar melhorar e fazer o que é necessário para se atingir determinado objetivo, enquanto gestor ou empresário você precisa reconhecer que não pode ajudar o seu profissional a ser melhor, o que você pode fazer é ajudar ele a se ajudar.

Porque tanto a mudança na maneira de enxergar uma situação, quanto na forma de agir partem além do princípio de vontade por parte do outro, de ele acreditar que pode.

E neste sentido adentramos em assuntos complexos sobre engajamento pessoal, que pode tomar bastante do seu tempo e energia para pouco ou nenhum resultado.

Por isso, é importante que você se apoie em ferramentas consistentes e de qualidade ao analisar o desempenho da sua equipe e junto com ela utilize a sua percepção e também se há evolução nas mudanças.

Porque utilizando o esporte como exemplo, ninguém inicia pela faixa preta no judô ou karatê, e é necessário transpor degrau a degrau na busca do necessário, que deve estar em congruência em termos da sua visão e da dele, para que fique claro e seja possível transformar em ação.

Mas se você chega ao ponto de não ver mudanças, com tantas tentativas que já fez, mesmo falando e se dispondo a ajudar ele a se ajudar e o colaborador não realiza nenhuma ação em prol de se desenvolver, voltamos a frase: “existem relações que não precisam dar certo”.

E uma das piores coisas que tem é não saber o que se passa. Por isso, antes de encerrar qualquer acordo com seu colaborador, o comunique, elabore um plano de ação e o mantenha informado do necessário e do que não é permitido dentro do seu departamento ou da sua empresa.

Ele sabendo poderá buscar ou se decidir se manter da mesma forma, não será surpreendido pela sua decisão.

Basicamente quando buscamos alguém para nossa equipe analisamos o conhecimento que ela tem comparado ao que a vaga demanda, no sentido de o que ela sabe sobre o mercado, a concorrência, as demandas da função.

Analisamos também as habilidades que ela tem, ou seja, o que ela sabe fazer com o conhecimento que tem, porque acreditamos que saber e não fazer, é o mesmo que não saber. E também atitude, que basicamente é o como ela se comporta, por exemplo, se com vitalidade e disposição, ou desanimada. E por último analisamos caráter, ou seja, os valores que ela tem para sua vida como um todo.

Esta análise é feita embasada em um processo profissional de recrutamento e seleção e ajuda bastante a reduzir problemas ao longo da integração e desenvolvimento do profissional.

E se mesmo assim nos vemos com diversas tentativas e pouco ou zero ajustes e mudanças, além de comunicar e deixar claro nossa percepção alinhada a do colaborador, você precisa aceitar que esta relação pode não dar certo e insistir nela pode te trazer estresse, perca de tempo, energia e de uma maneira ampla ser injusta tanto com você, como com a empresa e com o próprio colaborador, que poderia estar em outro cenário mais compatível com o perfil dele.

Acreditamos sim que salvo exceções, ninguém sai de casa para dar o seu pior, e nem sempre o outro sabe o que seria melhor ou como comunicar isso. Mas como gestor é sua tarefa buscar o que for preciso para executar uma gestão profissional e justa com você, com a empresa e com cada um da sua equipe.

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